• Relação entre disfunção vestibular e qualidade de vida em mulheres climatéricas Free Themes

    Santos, Rafaella Silva dos; Andrade, Mayle Moreira de; Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo; Nascimento, Rafaela Andrade do; Vieira, Mariana Carmen Apolinário; Câmara, Saionara Maria Aires da; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti

    Resumo em Português:

    Resumo Mudanças hormonais em mulheres climatéricas podem afetar o sistema vestibular, porém, não está claro na literatura se a presença da disfunção vestibular associada ao climatério está relacionada à pior qualidade de vida. O objetivo deste artigo é analisar a relação entre disfunção vestibular e qualidade de vida em mulheres climatéricas. Amostra composta por 374 mulheres (40 a 65 anos). Foram coletados dados socioeconômicos e demográficos, status menopausal, prática de exercício físico, presença ou ausência de disfunção vestibular, hipertensão e diabetes, medidas antropométricas e qualidade de vida (por meio do Utian Quality of Life Scale - UQoL). Na análise estatística foi utilizado teste de Pearson, Anova, teste t e regressão múltipla, considerando nível de significância de 5%. Verificou-se relação significativa entre a disfunção vestibular e os domínios saúde (p = 0,02) e emocional (p = 0,01) do UQoL. Além disso, atividade física, status menopausal, IMC (índice de massa corporal), RCQ (relação cintura-quadril), renda familiar e média da PAD (pressão arterial diastólica) também permaneceram significantemente relacionadas à qualidade de vida. Observou-se relação entre disfunção vestibular e qualidade de vida para os domínios saúde e emocional em mulheres climatéricas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The hormonal changes in climacteric women may affect the vestibular system; however, it is not clear in the literature whether the presence of vestibular dysfunction associated with climacteric is related to poorer quality of life. The study sample was composed of 374 women (40-65 years). Socioeconomic and demographic data, menopausal status, practice of physical exercises, presence or absence of vestibular dysfunction, hypertension and diabetes, anthropometric measurements and quality of life (using the Utian Quality of Life Scale - UQoL) were collected. Statistical analyses were performed using the Pearson test, Anova, T-test, and multiple regression considering a significance level of 5%. A significant relationship was found between vestibular dysfunction and health (p = 0.02) and emotional (p = 0.01) domains of the UQoL. In addition, physical activity, menopausal status, body mass index (BMI), waist-hip ratio (WHR), household income and diastolic blood pressure (DBP) mean also remained significantly related to quality of life. A relationship between vestibular dysfunction and quality of life for health and emotional domains in climacteric women was observed.
  • Violência física dentro das prisões femininas no Brasil: prevalência e fatores relacionados Free Themes

    Gama-Araujo, Isabelle Silva; Bezerra Filho, José Gomes; Kerr, Ligia; Kendall, Carl; Macena, Raimunda Hermelinda Maia; Mota, Rosa Salani; Ferreira, Marcelo; Pires Neto, Roberto da Justa

    Resumo em Português:

    Resumo O presente artigo objetiva identificar a prevalência de violência física no interior das prisões femininas brasileiras, bem como fatores associados. Estudo transversal de abrangência nacional, realizado em 15 unidades prisionais femininas nas cinco regiões do Brasil em amostra selecionada por múltiplos estágios. Realizou-se análise univariada; análise estratificada em relação ao desfecho (sofrer violência física dentro da prisão) e as variáveis preditoras através do teste de Chi-quadrado de Pearson; cálculo da Odds Ratio; e regressão logística múltipla. Utilizou-se o teste Hosmer-Lemeshow para análise de qualidade de ajuste e adequação do modelo. A prevalência de violência física dentro das prisões femininas brasileiras foi de 37.4%. Houve correlação entre a vitimização da violência física na prisão e as seguintes variáveis: vitimização física prévia (p = 0.013), isolamento (p = 0.000), sofrimento mental (p = 0.003), ingestão abusiva e/ou dependência alcoólica (p = 0.011), uso atual ou prévio de cocaína injetável (p = 0.002) e ócio prisional (p = 0.003). A violência física tornou-se inerente ao sistema prisional feminino brasileiro. Estudos futuros são necessários no intuito de fornecer propostas para intervenções efetivas de modo a prevenir a violência física dentro das instalações prisionais.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The present study aims to identify the prevalence of physical violence against female prisoners in Brazil, as well as related factors. This is a cross-sectional national survey conducted in 15 female prisons in five regions of Brazil selected in multiple stages. The following types of analysis were performed: univariate analysis; stratified analysis relating the outcome (suffer physical violence inside prison) to predictor variables, using the Pearson chi-square test; calculation of the Odds Ratio (O.R.); and multiple logistic regression. The Hosmer-Lemeshow test was used for analysis of goodness of fit and adequacy of the model. The prevalence of physical violence inside female prisons was 37.4%. There was a correlation between physical violence victimization in prison and the following variables: physical victimization prior to arrest (p = 0.013), solitary confinement (p = 0.000), mental suffering (p = 0.003), current or previous abusive intake of alcohol (p = 0.011), current or previous injection of cocaine (p = 0.002) and not performing prison labor (p = 0.003). Physical violence has become inherent in the Brazilian female prison system. Continued studies are needed to monitor the situation and to develop interventions to prevent physical violence inside the facilities.
  • Uma perspectiva pós-moderna sobre a saúde bucal de idosos Free Themes

    Bulgarelli, Alexandre Favero; Zacharias, Fabiana Costa Machado; Mestriner, Soraya Fernandes; Pinto, Ione Carvalho

    Resumo em Português:

    Resumo O objetivo deste artigo é compreender o significado da saúde bucal, por meio de discursos de idosos, com apoio da perspectiva teórica Construcionista Social. Trata-se de um estudo qualitativo com um desenho descritivo e compreensivista, baseado no referencial teórico do Construcionismo Social realizado por meio entrevistas com 19 idosos. Os dados foram analisados por meio de uma Análise de Discurso com identificação de Repertórios Interpretativos, que estruturou os significados atribuídos à saúde bucal. Foram criados repertórios para a compreensão de significados possíveis atribuídos à saúde bucal por pessoas idosas. Deste modo, saúde bucal é: ter uma boca limpa; ter boa saúde geral; ter um sorriso bonito e se sentir bem com a condição bucal; ter tido algum sofrimento no passado aceitando a dor. Os significados atribuídos à saúde bucal pelos idosos, numa perspectiva construcionista social, nos permite compreender a subjetividade por trás da saúde bucal das pessoas idosas na atualidade, o que pode orientar as abordagens dos profissionais de saúde para lidar com isso.

    Resumo em Inglês:

    Abstract This article aims to comprehend meaning assigned to oral health, by means of older adults discourses, supported by a Social Constructionist perspective. This is a qualitative study with a descriptive and comprehensive design based on the Social Constructionism theoretical support conducted by means of interviews with 19 older adults. Data were analysed by means of a Discourse Analysis with identification of Interpretative Repertoires, which structured the meanings proposed to oral health. It were created repertories to disclosure possible meanings assigned to the oral health by older people as: having a clean mouth; having good comprehensive/general health; having a beautiful smile and oral health well-being condition; and suffering in the past and accepting pain. The meaning assigned to oral health by older people, in a social constructionist perspective, allow us to comprehend the subjectivity behind oral health of older people, which can guide health professionals’ approaches to deal with it.
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revscol@fiocruz.br